Usuárias e motoristas do Uber são sensibilizados para a campanha Sinal Vermelho 

Arte: Uber/CNJ

A luta contra a violência doméstica ganhou um novo aliado. Desde segunda-feira (26/8), a Uber do Brasil, empresa de transporte por aplicativo, passou a fazer parte da campanha Sinal Vermelho, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Com o título “Uber, CNJ e você contra a violência doméstica”, a iniciativa resulta de acordos firmados para ampliar a divulgação do programa Sinal Vermelho contra a Violência. O protocolo de intenções, assinado em junho deste ano, inclui também o Ministério da Justiça e Segurança Pública e visa fortalecer a aplicação da Lei Maria da Penha, propondo uma ampla rede de apoio às vítimas de violência doméstica. Este tema é uma das prioridades da gestão do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, que busca alertar milhares de clientes e motoristas da plataforma sobre as formas de proteger as mulheres.

On-line

Na mensagem enviada nesta segunda-feira (26/8) às usuárias e motoristas, tanto por e-mail quanto pelo aplicativo, a empresa solicita apoio à parceria com o CNJ “para dar um basta na violência contra as mulheres”. O texto, acompanhado de imagens da campanha Sinal Vermelho, esclarece sobre os diversos tipos de violência doméstica, alerta que todas as formas de violência contra a mulher aumentaram no último ano no Brasil e orienta sobre como pedir ajuda.

Os leitores são informados sobre como fazer o sinal vermelho na palma da mão e mostrá-lo a atendentes de qualquer estabelecimento comercial, como bancos, farmácias, mercados, casas lotéricas e agora também a motoristas parceiros da plataforma, caso a vítima esteja em uma viagem. As informações são ilustradas por vídeos sobre os dados de feminicídios e as diversas formas de denúncia, com os telefones da Central de Atendimento à Mulher, disque 180, além dos números da Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Civil.

Papel fundamental

Renata Gil, supervisora da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres no Poder Judiciário e conselheira do CNJ, explicou que “o início da campanha Sinal Vermelho nos aplicativos da Uber mostra o papel fundamental do setor privado no enfrentamento à violência contra a mulher, com as empresas à frente desta causa, juntamente com o Conselho, adotando ações de prevenção”.

A magistrada adiantou que serão estabelecidas mais parcerias com outros aplicativos de consumo, “para darmos visibilidade à causa, com a campanha nas ruas, queremos salvar o maior número possível de vidas de mulheres”, enfatizou.

Natália Falcón, gerente de Comunicação para Assuntos de Segurança e de Parcerias para o Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Uber, destacou que, além das mensagens por e-mail e pelo aplicativo, a plataforma terá ainda este ano “quatro rodadas de comunicação, e já começamos a fase de planejamento sobre novas formas de espalhar essa mensagem em 2025”. Para a empresa, “é de suma importância ter parcerias com instituições tão referenciadas como o CNJ”.

Campanha

A campanha Sinal Vermelho surgiu a partir de um programa criado em junho de 2020, em parceria do CNJ com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Um ano depois, a ação ganhou força com a sanção da Lei Federal n. 14.188, que definiu o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica como uma das medidas de combate à violência contra a mulher. Atualmente, 21 estados e o Distrito Federal sancionaram suas leis estaduais de combate à violência contra as mulheres.

Créditos: Margareth Lourenço
Edição: Beatriz Borges
Agência CNJ de Notícias